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Quem tem boca vai à... Bauernfest!



“Um Schweinfleisch mit Sauerkraut, por favor.” Certifique-se de que não existe mais ninguém por perto e esforce-se para reproduzir o que acabou de ler, dessa vez em voz alta. Você acaba de pedir uma porção de carne de porco com chucrute, refeição alemã típica que leva repolho fermentado na composição. Estas e outras palavras do idioma, que reúne o maior número de falantes na União Europeia, acompanham os dias do evento mais tradicional do ano em Petrópolis: a Bauernfest. Ou, se preferir, a 'Festa do Colono Alemão'.



A origem do idioma revela uma mesclagem. Dados apontam que fatores como a migração dos povos, rotas do comércio e até aspectos físicos como florestas densas e montanhas íngremes contribuíram para que o alemão se desenvolvesse em dialetos regionais distintos. A unificação da língua se deu com a tradução da Bíblia por Martinho Lutero, que em 1521 publicou o Novo Testamento e, em 1534, o Velho Testamento, no idioma germânico. Para quem ficou de fora de toda essa história, os primeiros contatos com tais palavras pode até gerar estranheza, mas “definitivamente, não é uma língua difícil” – é o que afirma a professora de alemão Patrícia Brahmz, descendente de holandeses e ligada sentimentalmente à cultura germânica. “As pessoas se assustam porque as palavras ficam unidas. Com o espaço que usamos para escrever até três unidades, no alemão é formada uma ‘palavra grande’. Em Schweinfleisch, por exemplo, temos a união da palavra schwein, que significa 'porco', e da palavra fleisch, a nossa 'carne'”, explica.



Para explorar estes vocábulos, o melhor caminho... É pela boca! A Bauernfest oferece um cardápio variado de pratos típicos - e curiosos linguisticamente. Comecemos pelo mais fácil. Saborear uma porção de costela de porco assada, ou carré, no melhor português, torna-se uma refeição cultural quando você passa a chamá-la de Kassler. Prossiga o roteiro gastronômico com um Leberknödel, ou 'bolinho de fígado'. Para impressionar, invista em um Gefüllte Kalbfleischröllchen e ganhe respeito. Curioso? Trata-se de um bolinho de carne recheado, resultado da mistura de vários ingredientes. Se ainda não ficou satisfeito, conclua o banquete com o clássico Rindfleisch mit Rotwein, ou ‘carne ao vinho’. Para a sobremesa, simplicidade: opte por um Apfelstrudel, ou ‘strudel de maçã’, doce feito com massa folhada e um dos grandes representantes  da categoria das sobremesas. O pedido ficou mais fácil?

 

Segundo Patrícia, o momento da pronúncia pode ser considerado simples, se comparado a outras línguas. “O número de alterações na fonética é menor, o que facilita a fala”, explica. Já o 'volume da voz' depende da região. “Existem variações como aqui no Brasil. O alemão mais brando é falado em algumas regiões do sul. Se a pessoa é do interior também possui uma maneira diferente de se expressar. Por isso, para quem quer aprender, é importante assistir filmes, ouvir músicas, que possibilitam o conhecimento mais amplo. O alemão é, aliás, a língua das artes, e não da guerra como muita gente pensa”, conta a professora. Foi o mesmo que pensou Caetano Veloso, quando compôs a letra da canção ‘Língua’, onde conclui: “Se você tem uma ideia incrível, é melhor fazer uma canção. Está provado que só é possível, filosofar em alemão”.



Para os que têm interesse em aprender o idioma, Patrícia finaliza com a dica: "Em qualquer campo, quando colocamos um bloqueio, fica mais difícil o aprendizado. Por isso o importante é desprender-se de qualquer preconceito".

Alta temporada em Petrópolis traz atrações variadas e reúne o melhor da serra

Cultura e gastronomia para despertar emoções: a programação dos festivais que serão realizados nos próximos dias em Petrópolis promete deixar suas noites de inverno bem quentinhas! Que tal ir a um Show do Alceu Valença e seguir a noite com um fondue de chocolate?! Ou assistir o concerto a ‘Luz-de Velas’ no Museu Imperial? Vinho e novidades da música nas escadarias do Theatro Dom Pedro? Por tudo isso, nada de se esconder debaixo das cobertas! Capriche no figurino, monte seu roteiro e voilá! Aproveite para curtir a estação mais cobiçada do ano na Cidade Imperial.



Noites animadas e diversão em família são os ingredientes para a 11ª edição do Festival de Inverno do SESC

Evento presta homenagem a centenários de artistas consagrados, como Luiz Gonzaga, Nelson Rodrigues e Adoniram Barbosa


Este ano a agenda do Festival SESC Rio de Inverno traz atrações diversificadas. Como tema principal, a edição retrata um século de história da cultura brasileira, com homenagem a grandes nomes que marcaram - e marcam - gerações. Para ilustrar a linha do tempo, que começa em 1912 até chegar ao ano atual, foram fixadas no calendário homenagens aos centenários de artistas consagrados como Luiz Gonzaga, Herivelto Martins, Adoniram Barbosa e do escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues. Desta forma, a festividade abre espaço para nomes consolidados e novos talentos. 
“Hoje vemos um mundo cujas fronteiras culturais estão em estado permanente de redefinição. Artistas de diversas regiões do país, incluindo os artistas da própria região serrana, participarão do festival que contempla todas as linguagens artísticas”, explica a gerente de cultura, Tatyana Paiva. O evento inicia-se no dia 6 de julho e vai até o dia 29 do mesmo mês.



A abertura será embalada por um supershow do pernambucano Alceu Valença, que comemora os 40 anos de carreira, com destaque para canções como ‘Morena Tropicana’; ‘Belle Du Jour’ e ‘Táxi Lunar’, além de prestar homenagem ao mestre Luiz Gonzaga em sucessos como ‘Asa Branca’ e ‘Assum Preto’. No embalo da musicalidade, a Banda de Pífanos de Caruaru, com Castanha e Caju, apresenta um café concerto de sonoridade única, como símbolo da preservação da cultura nordestina. Já a homenagem ao centenário de Herivelto Martins será comandada pelo Grupo Casuarina, com participação do cantor Moyses Marques, um dos grandes representantes da nova geração do samba brasileiro, e da cantora instrumentista e compositora, Nilze Carvalho. A apresentação acontece no dia 28 de julho.



No teatro, Nelson Rodrigues revive em peças como ‘O Casamento’, uma remontagem (com elenco original) da produção histórica do grupo F. Privilegiados, no dia 20, e ‘Toda Nudez Será Castigada’, com o grupo Armazém, no dia 25. O centenário de nascimento do escritor Jorge Amado, um dos maiores expoentes da literatura brasileira, será celebrado durante um encontro literário, no dia 13. Já a expressividade do poeta paulista Adoniram Barbosa fica representada pela dança, em um espetáculo do Ballet Stagium, no dia 14, com um retrato da cidade de São Paulo em sua variação cultural.

Uma das novidades deste ano será a programação ‘Tamanho Família’, que ocorre aos domingos gratuitamente, com atrações para os pequenos – e para os grandes. As apresentações, que acontecem em em sua maioria no SESC Quitandinha, podem ser gratuitas ou variar entre R$ 4 e R$ 16. – Confira a programação completa dos festivais e outras atrações no + Petrópolis, encarte desta edição.

Entrevista: Paulo Roberto Martins

Apaixonado pela vivacidade, presente em cada história


Trineto de colonizadores alemães, com sobrenome português e ascendência açoriana, belga e austríaca. A versatilidade presente na genealogia não poderia deixar de fazer parte da carreira do petropolitano Paulo Roberto Martins de Oliveira. Com formação técnica em desenho industrial, trabalhou durante 27 anos como projetista da Telerj (antiga empresa de telecomunicações do Rio de Janeiro). Mas, foi na genealogia, ramificação da história que estuda a origem e evolução das famílias, que Paulo Roberto encontrou sua paixão. Nessa edição especial da Revista Petrópolis, com enfoque na Bauernfest, em uma conversa pelo jardim do Museu Imperial Paulo Roberto falou sobre suas histórias de vida. E de outras vidas.
 

Revista Petrópolis. Como trineto de colonizadores alemães, você despertou o interesse pela genealogia. O que o levou a tornar-se um estudioso das influências germânicas em Petrópolis?



Paulo Roberto. Esse interesse veio em 1979, quando eu tinha 37 anos. Na época eu trabalhava como projetista da extinta Telerj (Telecomunicações do Estado do Rio de Janeiro) e fui indicado pelos meus parentes para auxiliar no trabalho de um historiador que estava estudando a família Noel, a qual pertenço. Assim conheci o genealogista Carlos Grandmasson Rheingantz, grande pesquisador das famílias alemãs que povoaram Petrópolis e fundador do Colégio Brasileiro de Genealogia e posteriormente meu mentor. Passei a auxiliar Carlos em pesquisas de outras famílias. Depois que ele desencarnou, em 1988, dei prosseguimento ao projeto. Com isso, conseguimos traçar a genealogia das 456 famílias germânicas colonizadoras de Petrópolis, representadas nos 361 apelidos que foram registrados no Obelisco - monumento comemorativo do primeiro centenário da emancipação de Petrópolis.



RP. Logo que os primeiros colonos alemães chegaram oficialmente a Petrópolis, no dia 29 de junho de 1845, encontraram qual tipo de realidade?

PR. Gosto dessa história. Os colonos chegaram numa tarde de domingo, após subir a pé pelo então Caminho Real das Minas Gerais, ou ‘Caminhos dos Mineiros’. Não era possível a subida em carroças ou montados a cavalos, pois podiam escorregar. Já a maioria das crianças e pertences subiram a serra em cestos, carregados por mulas. Em Petrópolis as terras prometidas ainda não estavam demarcadas, por isso os colonos ficaram alojados em barracões. Logo começaram a trabalhar como pedreiros; carpinteiros; marceneiros; segeiros, que eram os responsáveis pela construção de carroças e veículos semelhantes. Enfim, eram artífices empregados da província que aguardavam pela distribuição de terras.

RP. Essas terras foram divididas e receberam nomes especiais, batizadas por Júlio Frederico Koeler, engenheiro alemão e um dos responsáveis pela criação da colônia. Como foi este processo?

PR. Primeiramente foi feita uma divisão em prazos de terra, que em conjunto formavam os quarteirões. Nestes quarteirões, Koeler buscou homenagear o local determinado de onde saíram os colonos. Temos assim os quarteirões Ingelheim; Mosela em uma alusão ao rio Mosel; Siméria; Bingen e Castelânea, entre outros. Infelizmente, hoje em dia o nome de alguns quarteirões oficiais caiu em desuso. É o caso, por exemplo, do quarteirão Westphalia, onde está localizada a avenida Barão do Rio Branco e ruas adjacentes. Também posso citar o quarteirão Palatinato Superior, onde nasce o rio Palatino, antigo Córrego Seco. O local hoje é conhecido como Morin, por causa de uma família que morou no local em meados do século XIX. Mas este não é o nome correto do local, ou seja, não pertence à planta oficial do primeiro distrito. Esses nomes deveriam voltar a ser utilizados nos letreiros dos ônibus, nas placas. Deveriam voltar a fazer parte do dia-a-dia do petropolitano.

 

RP. Quais foram as principais contribuições que a cultura alemã proporcionou para Petrópolis?

PR. Posso destacar contribuições na culinária, em pratos como o chucrute – refeição feita com repolho fermentado naturalmente, com condimentos. Também tivemos uma expressiva contribuição na arte da construção civil, onde é importante destacar o esforço e sucesso dos colonos, que ergueram as casas onde moravam com as próprias mãos. Outro fator que devo citar foi o desenvolvimento de veículos como charretes e carroças.

RP. O que você percebe atualmente dessa cultura como parte do dia-a-dia do petropolitano?

PR. Em um passeio pela cidade, quando olhamos para os lados é possível perceber traços da arquitetura germânica, mesmo nas construções atuais, que fazem uso do estilo enxaimel – técnica que resulta em paredes montadas com filetes de madeira encaixados entre si. Existem também restaurantes que servem pratos germânicos. Mas, como parte de um processo natural, parte dessa cultura ficou para trás. Lembro-me que antigamente existiam ‘rezadeiras’ descendentes de famílias alemãs, mas hoje em dia não as encontro mais.

 

RP. Em Petrópolis é possível celebrar parte dessa cultura em festas como a Bauernfest, que atrai turistas de várias partes do Brasil e do mundo. Para você, qual a importância eventos como esse?

PR. A Bauernfest e outros eventos, como os realizados pela Igreja Luterana, são uma forma de resgatar as tradições. Assim, não deixamos em branco a história germânica. Esse ano, com a volta da Bohemia, a Bauernfest torna-se ainda mais interessante, já que o povo germânico tem essa cultura cervejeira. Na cidade temos até um descendente de colonizadores, da família Maiworm, que ainda hoje produz cervejas artesanais em um espaço na própria casa.

RP. Como funciona seu processo de pesquisa para encontrar essas raízes familiares?

PR. Durante as pesquisas nada se pode desprezar. Quero dizer com isso que devemos estar atentos a todos os escritos. Antigas bíblias luteranas, por exemplo, são uma boa fonte, pois contêm os nomes completos das famílias. Já para a parte mais sólida da pesquisa, utilizo os registros religiosos presentes em livros de batizado, casamento e óbito. Em um próximo passo vou à casa da família, analiso arquivos como fotografias e passaportes, faço entrevistas. De qualquer maneira esses depoimentos devem ser sempre checados, já que o ser humano tem a tendência de ‘aumentar histórias’. O mais interessante desse trabalho é a partir do conteúdo coletado poder escrever uma história. Retratar a vida de construtores, marceneiros que venceram e conquistaram vidas dignas para filhos e netos.

RP. Enquanto genealogista, pesquisador das famílias de colonos germânicos, você já se deparou com muitas histórias. O que encontrou de mais inusitado?

PR. Pesquisava a árvore genealógica de uma família, quando me deparei com o nome de uma jovem que causou confusão. Posso dizer que essa moça, então mãe de dois filhos, não tinha, de todos, o melhor casamento. Em um determinado momento da vida ela se separa e vai morar na casa de um tio. Durante esse momento de transição ela estava grávida e deu a luz já na nova residência. Condolente, o tio resolve batizar o bebê com o nome dele. No final, o sobrinho tinha o mesmo nome do tio! Com isso, gastei alguns meses de trabalho até conseguir descobrir a chave que explicava a história toda. É um trabalho que causa confusão às vezes. Já fui até xingado por uma senhora que ficou ofendida quando perguntei a ela sobre a história de seus antepassados.

RP. O que significa para você resgatar essas histórias?

PR. Vivenciar isso, resgatar histórias, aprofundar meu conhecimento a respeito do passado, tudo isso me faz crescer a cada dia. A genealogia faz parte da minha vida.

Nesse Dia das Mães, dê Petrópolis de presente!

 


Uma comemoração tradicional que chega com novidades em 2012. Para tornar especial este Dia das Mães, Petrópolis traz opções diversificadas em presentes e passeios além da gastronomia renomada que atrai visitantes de todo o mundo. Com estes atributos, a Cidade Imperial destaca-se como uma alternativa completa, que promete agradar a todos os estilos e alegrar os maiores corações do mundo. Só não vale deixar de escrever um cartão! Afinal, como não ser sentimental no Dia das Mães?



Ter a família reunida em volta da mesa é sinônimo de felicidade para muitas mães. Se a vontade é tirá-la da cozinha, selecione uma das inúmeras opções de restaurantes do quinto melhor pólo gastronômico do país, o ‘Vale dos Gourmets’. Para Sebastião Malta, sócio do restaurante Parrô do Valentim, em Itaipava, uma sugestão para a data é a tradicional bacalhoada. “Bacalhau em lascas com batatas, cebolas, azeitonas e azeite. Uma ótima opção para agradar às mães”, conta ele. Para preservar o clima de harmonia, a dica é reservar os lugares com antecedência, já que no dia da comemoração os estabelecimentos costumam ficar lotados.



Mãe estressada? Não! Uma boa pedida para amenizar a agitação do dia-a-dia são os Spas. A alternativa visa fornecer momentos de bem-estar, um luxo cada vez mais desejado entre as mulheres. Petrópolis hoje conta com uma grande quantidade de estabelecimentos prestadores do serviço. Com o day use, é possível desfrutar de um dia completo no local, com refeições balanceadas e uma série de atividades. Os preços costumam variar entre R$ 190 e R$ 600. Para massagens relaxantes e tratamentos estéticos alternativos existem pacotes personalizados, que podem sair a partir de R$ 230. “Este é um presente diferente de todos porque é também um cuidado, uma forma de retribuição. É um carinho para cuidar de quem sempre cuida da gente”, conta Robson Duarte, gerente de reservas do Spa Granja Brasil Resort.



Além de caprichar com a programação para um dia especial, lembre-se de garantir aquela lembrança com ‘laço de fita’. Se estiver em dúvida sobre o presente ideal, aproveite! Em Petrópolis, a compra de recordações também é uma opção de lazer. Caso queira agradar com flores, inove na escolha de uma orquídea. Uma das opções é o Orquidário Binot, que traz ampla quantidade de espécies com valores que variam entre R$ 12 e R$ 150. Para é investir em roupas e acessórios você tem três destinos certos: o Pólo de Modas da Rua Teresa e do Bingen e a Feirinha de Itaipava. Nesta coleção outono-inverno opte pelas tendências em couro e tricô. Como tom principal aposte no vermelho, cor essencial da estação. E por falar em vermelho, uma última recomendação. Mantenha em mente o principal significado da data... O amor!



Para mais informações faça sua consulta gratuita no Disque Turismo - 0800 0241516 - ou informe-se no site www.petropolis.rj.gov.br

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